quinta-feira, 15 de julho de 2010

Programados para a fé

Tudo começa com uma crescente tranquilidade, substituida por uma observação serena da vida, paz e uma sensação de dissolução do corpo e ausência do”eu”, tempo e espaço, uma espécie de união com o mundo exterior, viagem noutra dimensão, e.t.c...Certamente que já ouviram muitos relatos semelhantes de pessoas conhecidas ou não, quer sejam religiosas ou não. Para os religiosos esta sensação costuma ser uma“iluminação” ou comunicação com deus.

Toda a gente conhece ou já ouviu falar de casos de pessoas que mudam radicalmente seus hábitos após escaparem ilesos a acidentes, sairem das drogas ou após serem alvos de uma demonstração extrema de amor num momento de dificuldade. O fenómeno descrito acima é muitas vezes o respónsavel por tal mudança. O judeu Saulo, por exemplo, comandava uma força policial para prender líderes cristãos no século I, quando teria experimentado um transe durante o qual viu o próprio Cristo propor-lhe uma nova vida. Depois disso, convertido, tornou-se o apóstolo Paulo, o grande responsável pela propagação do Cristianismo. James Austin experimentou, há 20 anos, uma sensação semelhante à descrita no início deste texto. Austin apreciava o rio Tâmisa fluir enquanto esperava um metrô em Londres quando tudo aconteceu: o senso de individualidade desapareceu e ele sentiu-se unido aos edifícios, ao rio e às nuvens, em meio a uma sensação de eternidade. Foram segundos infindáveis de deslumbramento. “Todos os meus receios, inclusive o medo da morte, desapareceram, eu havia alcançado a compreensão da natureza última das coisas”. Revelou Austin. Para este neurologista, no entanto, o extraordinário fenômeno não foi uma prova da existência de Deus. “Foi uma prova da existência do cérebro”, diz o pesquisador.

Numa pesquisa para avaliar o desempenho cerbral em monges budistas e freiras franciscanas em meditação durante 45 minutos, constatou-se que a actividade no lobo parietal superior diminuía gradualmente até ficar praticamente bloqueada no momento de pico, aquele em que o meditador experimenta a sensação de ” iluminação” religiosa. É justamente nessa área do cérebro que, em estado normal, proporciona ao homem o senso de orientação no espaço e no tempo, bem como a diferenciação entre o indivíduo e os demais seres e coisas. Com isso, o cérebro fica impossibilitado de traçar fronteiras e percebe o “eu” como um ente expandido, ilimitado e unido a todas as coisas. Por outro lado, a actividade do sistema límbico (associado às emoções e reações instintivas) encontra-se redobrado e evidências confirmaram que que estímulos elétricos na base do sistema límbico podem provocar alucinações, a sensação de estar fora do corpo e o senso do divino. Ao estimular a mesma área, durante cirurgias no cérebro, alguns pacientes também relataram sentimentos religiosos. Os movimentos estilizados e repetitivos, os símbolos como a cruz e as imagens sagradas e os cânticos usados nas cerimônias religiosas as diferenciam das acções cotidianas e, desse modo, ajudariam o cérebro a percebê-los como eventos mais significativos. Esses acessórios ativam o sistema límbico, ora produzindo alegria e harmonia, ora tensão e medo, facilitando a transição para os estados alterados de consciência.

DEUS, UM DELÍRIO.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O maior ditador, infanticida e homicida alguma vez conhecido

O blogueiro e humorista Steve Wells contou o número de pessoas que deus assassinou matou segundo a biblia: 2,270,365!!!!! Mas não acabou não, porque a biblia não diz quantos foram queimados vivos em Sodoma e Gomorra, quantos recém nascido foram mortos no Egipto ou ainda no dilúvio. Segundo a nova estimativa de Wells, a contagem final deve chegar a um novo total de 32.9 milhões, e nem sabemos quantos mais foram mortos depois da biblia ser escrita até aos dias de hoje!!

Mas ele nos ama, sério!

Nota: O diabo matou apenas 10 pessoas.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Continuem tentando....



Já que estamos em tempo de campeonato do mundo de futebol o que não falta são as habituais preces dos jogadores. Em qualquer circunstancia a resposta de Deus é a mesma: o silêncio habitual. Não adianta olhar ou levantar os braços para o céu porque não está lá ninguem. Senhores futebolistas, aprendam de uma vez por todas: duas pernas correndo ajudam mais que um milhão de mãos rezando.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Intelligent design, Deus, religião e outras tretas

“Então quem criou toda beleza na terra?” Esta é uma das respostas mais comuns de gente religiosa quando dizemos que não acreditamos em porra de Deus. Os religiosos acreditam na divina e infinita beleza do “nascer e pôr” do sol. Acreditam também que o sol brilha e a chuva cai das nuvens para fazer as flores desabrocharem. Eles vêm aí uma indicação de beleza da natureza, criada por deus. Mas não é nada disso, porque plantas venenosas e ervas daninhas também são nutridas pela luz do sol e água das chuvas! Será que isso indica uma “feiura” da natureza?Óbvio que não, ambos são conseqüências inevitáveis do meio-ambiente em que vivem. Não poderia ser de outro modo, é a sobrevivência do mais apto e não do mais desejável. Espero que um dia os homens percebam que não são nenhuns “favoritos” de deus e nem foram especialmente criados, que está sujeito as mesmas leis naturais que os outros seres vivos.

Desde os primórdios da nossa existência que o medo, ignorância e superstição andam de mãos dadas com o homem. O que não podia ser compreedido era atríbuido a espíritos que tinham mão pesada na hora do castigo. Foram esses medos que fizeram do homem um presa fácil para os padres. Estes disseram que existia um Deus que havia feito uma revelação especial num livro chamado Bíblia, e que era necessário acreditar em cada palavra do tal livro para que nossas almas pudessem ser salvas. Os desobedientes passariam a eternidade numa brasa chamada inferno. Disseram, entre outras coisas, que o homem era um ser corrompido e pecador, e que, para ser salvo da punição post-mortem, tinha de dar uma parte substancial dos frutos de seu trabalho para o padre rezar por ele e interceder em seu favor a Deus, de modo a mitigar a punição à qual ele já estava destinado.

Com o avanço científico espera-se sempre melhora na vida das pessoas. Mas não foi e nem hoje é fácil, até na descoberta da anestesia pelo Dr. W. T. G. Morton. Acho que todos compreendemos muito bem o que é dor fisíca e o quanto um anestésico ou analgésico faz toda a diferença do mundo. A anestesia é a mais humana de todas as conquistas, mas inicialmente os religiosos opuseram-se ao uso da anestesia, dizendo que Deus enviava a dor como punição pelo pecado, e consideravam o maior dos sacrilégios utilizá-la. Isto entra na cabeça de alguêm? Transformar em pecado o alívio da miséria humana! E hoje a religião continua com afirmações do tipo “é demasiado sagrado para ser sondado pelo homem”. Exemplos: investigação com células estaminais, clonagem…a lista não acaba! Milhões de antepassados nossos morreram por causa deste pensamento retrógado e muitos ainda hoje morrem. Em pleno ano de 2010 existe gente que não faz transfusão de sangue e outros procedimentos médicos que salvariam suas vidas por causas sem minímo de fundamento.

Felizmente ainda existimos “nós”, que temos um pensamento crítico, gostamos de ir ao fundo das coisas e somos a favor do progresso da humanidade. Existimos “nós” para aliviar a miséria humana e resolver os nossos própios problemas sem limitações ideológicas ou teológicas.