domingo, 13 de dezembro de 2009

Ciência no século XXI, um luta pela sobrevivência

Os avanços científicos permitiram ao homem melhorar significativamente a sua qualidade de vida, desde a erradicação de doenças até o transplante de órgãos. Mas hoje, a ciência encontra-se sob ataque cerrado. Um dos mais perigosos inimigos do progresso científico é a poderosa extrema direita religiosa, que perigosamente ganha cada vez mais poder político.

Foi criado em 2007 o Museu da Criação em Petersburg, no norte do Estado do Kentucky. Neste museu, religiosos de má fé deturpam a ciência e colocam sobre a bíblia um falso manto científico. A idade da terra foi incontestavelmente estimada em 4,5 bilhões de anos, usando diferentes técnicas. Segundo o criacionismo biblíco a terra tem por aí 10 000 anos e é isso que os visitantes do museu aprendem. De acordo com história geológica/registro fóssil, o homem (existe a 200 000 anos atrás) não conviveu com dinossauros (existiram até 65 milhões de anos atrás) mas no museu da Criação pode-se ver crianças brincando com dinossauros (bizarro). A ciência mostra através do registro fóssil que diversos dinossauros habitaram/extinguiram-se a terra em diferentes periodos a milhões de anos atrás. Contudo, no Museu da Criação as espécies de dinossauros foram todas extinguidas por volta de 2.438 A.C. Deste modo, o Museu da Criação perverte tudo que sabemos sobre a história natural, tudo para provar a veracidade da biblía.

Inacreditável, o que virá a seguir?

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Reflectindo sobre a teoria da evolução (3)

Está é a penultima desta série (clique aqui para ver parte 1 e parte 2). Na parte 2 apresentei algumas  evidências a favorda teoria da evolução. Hoje apresento mais duas:

4. Especiação- é o processo pelo qual uma espécie diverge, produzindo duas ou mais espécies descendentes. Eventos de especiação foram observados diversas vezes, tanto em condições controladas de laboratório assim como na natureza.
Há quatro tipos de mecanismos de especiação, sendo a especiação alopátrica considerada a mais comum em animais. Esse tipo de especiação ocorre quando populações são isoladas geograficamente, por fragmentação de habitat ou migração, por exemplo. Como as forças evolutivas passam a atuar independentemente nas populações isoladas, a separação vai, eventualmente, produzir organismos incapazes de se intercruzarem. Veja na figura abaixo exemplo de especiação dos Tentilhões de Darwin das Ilhas Galápagos, resultante de isolamento geográfico. Neste caso houve surgimento de 12 novas espécies.


5. A distribuição geográfica das espécies- os organismos são adaptados ao seu ambiente a um maior ou menor grau. Se os fatores abióticos e bióticos dentro de um habitat são capazes de sustentar uma espécie em particular em uma área geográfica, então se supõem que a mesma espécie seria encontrada em um habitat similar em uma área geográfica também similar, por exemplo, África e América do Sul. Mas não é isso que ocorre. Plantas e animais são descontinuamente distribuídos através do mundo: África tem macacos com cauda mais curta, enquanto os macacos de cauda longa ocorrem na América do Sul. Ou ainda repare na distribuição geográfica dos grandes felinos/ panteras: Panthera leos ou leão (África), Panthera tigris ou tigre (Ásia), Panthera pardus ou leopardo africano (África), Panthera onca ou jaguar (Américas) e Panthera uncia ou leopardo-das-neves (Ásia).
Os grandes grupos de mamíferos modernos originaram-se no Hemisfério Norte e subsequentemente migraram para três direções principais: Para a América do Sul através de pontes de terra (Estreito de Bering e Istmo do Panamá e para a África através do Estreito de Gibraltar e para Austrália pelo Sudeste da Ásia que já foi no passado ligado por terra.

continua...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Break

Fim do ano está próximo e vou regressar a Moçambique de férias (bem curtas). Porque estarei muito concentrado na minha dissertação, muito provavelmente a actividade no blog vai diminuir temporariamente (entre 12 de Dez-10 de Janeiro), mas vou sempre postar alguma coisa.

Abração

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Astrônomo amador

Eu sou uma pessoa curiosa de natureza, faço um esforço para entender os fundamentos por trás das teorias científicas. Foi assim que interessei-me pela astronomia. Tudo começou depois de eu me fazer a pergunta “porquê se considera a teoria do Big Bang como facto comprovado?”. Na jornada a procura de respostas acabei vendo alguns bons documentarios sobre astronomia e cosmologia e percebi o quão fascinante era tudo aquilo. Fiquei surpreendido quando descobri que os gregos antigos calcuram com precisão a distância da terra a lua, calcularam o diámetro da terra com mais ou menos 10 % de erro entre outros feitos admiráveis apesar dos poucos recursos tecnlógicos (Os antigos não eram tolos nenhuns pelos vistos). Eles ainda conseguiram identificar 5 planetas a olho nú e os nomearam segundo os deuses de sua mitologia e esses nomes se mantêm até hoje: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno (A lua não é planeta, mas um dia falo disso).

Não deixa de ser estranho que um veterinário, a fazer Mestrado em Bioquímica e Biologia Molecular vá se interessar em ler astronomia e cosmologia. A alguns dias deixei de ser um simples leitor curioso e passei a prática: deitei dinheiro fora comprei um telescópio. Sim, um TELESCÓPIO (exemplar na foto abaixo) e agora sou oficialmente “um astrônomo amador”.

Bom, só falta arranjar tempo (não sei onde e quando) pra ler sobre os movimentos dos objectos celestiais, porque afinal não é só apontar o telescópio pra cima e ver tudo bem estampadinho. Na verdade é mais complicado do que parece, a visualização dos objectos celestiais dependede da constelação em que está posicionado o respectivo objecto, a latitude e longitude geográficas do observador, a estação do ano a data e a hora em que se pretende fazer a observação. Isto porque os corpos celestes não estão “colados” no céu, mas sim em movimento.Felizmente hoje em dia existem softwares na web que permitem que qualquer pessoa em qualquer parte do mundo tenha acesso a um mapa celestial específico para o dia , hora e local onde o observador se encontra .




"Diante da vastidão do tempo e da imensidão do espaço é uma alegria para mim compartilhar uma época e um planeta com você." Carl Sagan (astrônomo respeitado e crítico ferrenho das pseudociências, famoso pelos seus esforços de popularização da ciência).











terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Os nossos primos bonobos

Porque aqui não é só religião e polêmica, hoje decide falar de uma espécie muito especial de chimpanzé: Os bonobos (Pas panicus). O que têm de especial os bonobos?


 Clique na imagem se quiser entender origem do termo “primatas”


É no campo sexual que os bonobos se revelam muito criativos. "O sexo é a chave da vida social dos bonobos". Para eles, é o sexo que funciona como instrumento de compensação da agressividade e faz o papel de agente reconciliador. Isso é possível porque, ao contrário da maioria das fêmeas de outras espécies, que só são receptivas ao sexo no período fértil, as fêmeas bonobos são atractivas e activas sexualmente durante quase todo o tempo. Em outras palavras, os bonobos são a única espécie animal que faz sexo por prazer além do ser humano. Tem mais: eles usam “ferramentas” como sexo oral, masturbação, homosexualismo, beijos linguados e ardententes, toque genital e sexo em grupo...O sexo frente-a-fente já foi considerado tipicamente humano porém, hoje, sabe-se que entre os bonobos, a posição chamada missionary position, [ou "papa-mamã"] é uma prática comum. Estes animais apenas existem nas florestas da República Democrática do Congo, têm 98 % de similaridade genética com o ser humano. Vou pôr só algumas fotos (bem moderadas) destes mestres da arte sexual, espero que não chamem o meu blog de pornográfico inapropiado.