sexta-feira, 15 de julho de 2011

Porquê os ateus estão com raiva?*(2) -continuação

*Traducão livre do titulo original “Why are atheist so angry?”

Uma das críticas mais comuns contra a comunidade ateia actual é: " Porquê vocês sentem tanta raiva?" Recorde aqui a parte 1. Greta Christina, que passo a citar, tem n justificações para a "raiva ateia":

...Eu fico mais irritada quando os líderes religiosos explicitamente dizem às crianças - e adultos - que o questionamento da religião e da existência do inferno é um pecado terrível, que irá garantir-lhes que o inferno.
Estou com raiva porque as crianças sao ensinadas pela religião a odiar e temer seus corpos e sua sexualidade. E eu estou especialmente irritada que crianças do sexo feminino sejam ensinadas pela religião a odiar e temer a sua feminilidade.

Eu estou irritada - furiosa - com padres que molestam crianças e dizem-lhes que é vontade de Deus. Estou furioso com a Igreja Católica que, conscientemente, deliberadamente, repetidamente, durante anos, agiu para proteger os padres que molestaram crianças, e consciente e deliberadamente agiu para manter isso em segredo, colocando a reputação da Igreja como uma prioridade maior do que, pelo amor de Deus, a integridade fisica e psicologica das crianças molestadas. E eu estou furiosa que a Igreja ao tentar defender-se, em juízo, diz que a protecção de padres que molestam crianças pela troca de dioceses ( para possam molestar outras crianças numa comunidade nova), é um direito constitucional de liberdade de expressão religiosa.

Estou com raiva do 11 de Setembro.

Estou com raiva porque, quando meu pai teve um derrame cerebral e teve que ir para um asilo de terceira idade, entrou em uma casa de repouso, um funcionário perguntou ao meu irmão, "Ele é um baptista ou um católico?" E eu não estou com raiva por causa do meu pai ateu. Estou com raiva, em nome de todos os judeus, todos os budistas, todos os muçulmanos, todos os neo-pagãos, cujas famílias quase certamente tem sido feita essa pergunta. Essa questão é uma pergunta extremamente desrespeitosa, não apenas ao do ateísmo do meu pai, mas para todos naquele lar de idosos que não eram baptista ou católico.
Estou com raiva por que muitas das políticas públicas neste país - não apenas no casamento do mesmo sexo, mas sobre o aborto, pesquisa de células-tronco e educação sexual nas escolas - estão sendo baseadas, não em evidências de que funcionam, mas em textos religiosos escritos centenas ou milhares de anos atrás, e sobre sentimentos pessoais sobre como tais textos devem ser interpretados, sem provas nenhumas.

Fico com raiva quando os líderes religiosos usam a religião, de forma oportunista, e a confiança das pessoas e da fé na religião, para roubar, enganar, mentir, manipular processos políticos, tirar proveito sexual dos seus seguidores, se comportando como a escória da mundo. E eu fico irritada quando as pessoas vêem isso acontecer e ainda dizem que o ateísmo é ruim, porque, sem religião, as pessoas não teriam base para a moralidade ou ética.

Fico com raiva quando os crentes dizem que eles sabem a verdade - a maior verdade de todas sobre a natureza do universo, ou seja, a fonte de toda a existência - simplesmente sentando em silêncio e ouvindo seus coração.
E eu fico irritada quando os crentes dizem que todo a enormidade inimaginável do universo foi feita única e exclusivamente para a raça humana - quando os ateus, por outro lado, dizem que a humanidade é um ponto microscópico sobre um ponto microscópico, um piscar de olhos infinitesimal na vastidão de tempo e espaço – e mesmo assim, os crentes acusam os ateus de serem arrogante.

Fico com raiva quando os crentes usam as lacunas na ciência e conhecimento científico como forma de provar a existência de Deus. Fico com raiva quando, apesar de milhares explicações sobrenaturais virem sendo consistentemente e repetidamente substituídas por naturais, eles ainda pensam que todo fenômeno inexplicável pode ser melhor explicado por Deus.

 Continua...

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