quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Castidade e celibato



"É bom para um homem não ter relações sexuais com uma mulher." Apôstolo Paulo

Concordam? Isso não interessa. Vi no noticiário da BBC ontem que um padre nos EUA teve um filho a 22 anos atrás e fez um acordo com a mãe do miúdo para manter segredo. Só que o rapaz está com cancro e a beira da morte e a mãe decidiu “vazar” a história. Isso também não interessa. Eu não entendo de castidade e celibato na igreja católica, mas definitivamente não está a funcionar muito bem. Todos os dias vemos casos novos de pedofilia (até em surdos-mudos, incrivel!!), fazendo filhos em segredo, tendo casos com crentes...e.t.c.

Do ponto de vista da moral do cristianismo nas suas distintas denominações, a castidade é a virtude que governa e modera o desejo do prazer sexual, segundo os princípios da fé e da razão e recebe também a denominação de Santa Pureza (Wikipédia).Esse conceito de que o sexo é uma coisa suja não é de agora no cristianismo, vem desde a concepção e parto virginal. Ofensas a castidade inclui a luxúria (busca desordenada de prazer vénereo), fornicação (adultério e relações sexuais pré-matrimoniais), homosexualidade, incesto, pornografia, violação e masturbação.

A “demonização” do sexo e a hipocrisia do vaticano é o que mais me irrita nessa história toda. Será que não é hora da igreja começar a preocupar-se seriamente com a pedofilia dos padres? Não deveria o vaticano repensar na obrigatoriedade do celibato? Agora é uma certeza que essas histórias que vêm ao público não são casos isolados, mas sim uma epidemia disseminada entre padres. Pior é a inércia com que são tratados esses malandros: são transferidos para outras paróquias (assim continuam com o serviço) ou a igreja tenta "abafar" o caso a todo o custo.

A igreja nega culpa em casos de pedofilia e diz que estes estão relacionados à patologia do padre. Mas o celibato impede o homem de uma prática inerente à sua natureza, que é o sexo. Manter, obrigatoriamente, alguém assexuado, é violar seus anseios naturais, o que pode levar a distúrbios mentais. Portanto, o celibato é um campo fértil para o desenvolvimento das referidadas patologias. Lógico.

A sociedade mudou bastante desde que a biblía foi escrita. É importante que a Igreja se adapte aos tempos modernos e tome coragem de fazer o que está certo.

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